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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Almoço na escola em Portugal: a adaptação e o efeito da nova rotina

maio 18, 2018 0 Comments

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Depois de temas como "matrículas" e "adaptação na escola nova", o assunto que mais preocupa os pais é sobre a alimentação nas escolas de Portugal. O cardápio do almoço mais propriamente dito. 😅

"Seu filho almoça na escola?", 
"Qual tipo de comida serve lá?, 
" Ele se adaptou rápido?", 
"Ele come de tudo? 
Essas são algumas das perguntas que recebo sobre o tópico que resolvi falar hoje.

Vou resssaltar mais uma vez que falo aqui sobre minha experiência com o meu filho. É claro que isso pode variar de criança para criança, família para família. É normal, ok? 
Então vamos lá!

Minha experiência:

Quando chegamos em Portugal, lia muitos pais (brasileiros em suas maioria) dizendo que adoravam a escola onde os filhos estavam estudando, poréeeem, grande parte dizia sobre a dificuldade de adaptação das crianças ao tipo de almoço oferecido nelas. Tanto que muitos preferiam  levar os filhos para comer em casa (pelo menos no início ou em dias específicos) ou mandavam algum tipo de comida para substituir a refeição dada lá. É bom já falar que sim, existe essa opção. Podem se acalmar, viu. 😊

É verdade que muitas das crianças demoram a se acostumar ao novo esquema alimentar nas escolas e que essa é uma fase muito complicada para muitas delas. De fato, cada criança reage diferente e é preciso saber lidar da melhor maneira para que nada seja traumático, já que são muitos processos de adaptação com a mudança de país.

Mas a verdade é que eu, apesar de muito me preocupar com esse momento, já tinha decidido desde o início que meu filho iria comer na escola e que passaria pela adaptação necessária lá dentro. E  se fosse preciso até reforçaria o lanche quando não tivesse rolando muito bem mas faria questão que ele pelo menos experimentasse o que estava sendo oferecido no dia. E isso foi algo que ouvi logo na primeira vez que tive contato com a escola e me deparei com essa "nova situação". O que me disseram foi: "As escolas aqui incentivam que a criança conheça novos alimentos sempre. Ela não é obrigada a comer tudo, mas precisa pelo menos provar para dizer que não gostou da comida."

No fundo, isso soou um tanto pessoal. Logo eu, a rainha do "não gosto de tal comida sem nunca ter experimentado". A verdade é que eu sempre achei a teoria muito interessante, mas na prática nem eu mesma vivia. Por conta disso era importante para mim não passar isso ao meu filho, ainda mais que por ele ser novo a questão poderia ser bem mais fácil de "superar". Na minha cabeça era a hora para se fazer isso sem "muito sofrimento". 

E outra coisa, temos que estar abertos para entender a cultura do país em que estamos e passarmos isso para os nossos filhos. Para mim, essa era uma oportunidade para isso. Ele tem apenas 5 anos, está formando seu paladar ainda, não poderia deixar de testar essa nova experiência. É claro que apesar de estar certa disso, o receio de que seria uma fase difícil caminhou comigo até a primeira semana de aula. Mas na minha visão era importante vivermos isso.

Tentar é importante:

O início das aulas veio e ele tirou de letra o novo hábito alimentar. Sim! Não houve reclamação dele com a comida e ao perguntar na escola sempre ouvia que ele era bem tranquilo para comer. Como foi? O que foi feito para isso? Não sei, só sei que foi preciso tentar para saber se iria correr bem, ou não.

Eu já havia reparado que ver os amiguinhos comer sempre facilitava e ele ia no clima. O que com certeza deve ter facilitado muito. Não sei exatamente qual foi a "mágica" mas chego a conclusão que é sempre (sempre mesmo) preciso tentar, antes de dizer que "não vai dar". Nós pais temos o péssimo hábito de já concluir se nossos filhos vão gostar ou não, se vão se adaptar ou não. A verdade é que estranhamos mais do que a criança.

O efeito dessa nova rotina no Dia-a-Dia fora da escola:

"Ah que bom, então seu filho come de tudo." 
Não. Não é bem assim. Em casa, ainda é um pouco mais difícil (comer em turma é muito mais legal) mas apesar disso já percebo uma mudança no paladar dele. O efeito da rotina na alimentação vem sido notada em alguns hábitos que ele adquiriu, como comer frutas de sobremesa. (Antes disso era sempre sorvete)
Depois do almoço, é hora de comer uma laranja cortada. UAU!  Voltei no tempo vendo ele comer assim rsrs.  Já não via isso desde o tempo que era pequena (quando minhas tias comiam). E ele ADORA! Coisa mais linda! É morango, melancia, clementina (tanjerina). Tô adorando! Ele come com gosto.
Mas se tiver um sorvete, ele ainda prefere? Claroooo. Normal, né?😏

Esse novo costume ainda rende algumas perguntas do tipo: "Tem 'oface' mãe?" OI?ALFACE?! Nem sabia que vc comia alface.
E novidades do tipo "Mãe, comi uma batata com negocinhos verdes e gostei." (risos)

Ah e além disso tudo, pude junto com ele aprender e reconhecer que meu cardápio em casa não é muito variado e meus hábitos alimentares não são muito exemplares também. E já estou trabalhando  nisso. Não é mole mas o negócio é tentar. MESMO!

No fim, ele só tem me mostrado que está preparado para vivenciar as experiências que esse mundão oferece e que o medo está sempre em mim. Em nós pais. Por isso, na dúvida, no medo, eu aconselho deixar seu filho tentar, experimentar (coisas boas, claro). Se não der certo, outras opções sempre virão. Mas deixe ele viver, sem passar nossos "traumas", essas novidades que o novo lar que escolhemos viver tem a oferecer.

Como funciona a alimentação na escola

Pequeno-almoço (o nosso café da manhã):
Geralmente nos pedem para mandar frutas e pão. E lá eles servem um leite (achocolatado).

Almoço:
Entrada - Sopa
A Refeição do dia
Sobremesa - frutas da época

Pela tarde:
Um lanchinho que pode ser bolachas (sem recheio), um bolinho (sem recheio), pão, iogurtes e mais frutas.

Sobre o Cardápio
A primeira vez que vi o cardápio, eu tive muita vontade de ser uma mosquinha para vê-lo comer Bacalhau à bras, arroz com cenouras sem reclamar do "negocinho abóbora" e as "coisinhas verdes" que ele sempre colocava de lado na comida aqui em casa.
Ah, eu ri sozinha e fiquei imaginando o "show" que ele daria para comer. Confesso que algumas comidas eu não oferecia agora pela idade. Sempre tive essa mania de achar que ele era muito novo para comer tais coisas. Que nada. Ele come agora e nem reclama. Tudo é uma questão de costume, faz parte.

O cardápio da semana geralmente fica anexado na porta de entrada da escola, recebemos por email e está no facebook da Associação dos Pais também.


Modelos de ementa:




terça-feira, 8 de maio de 2018

Ser mãe no exterior: 10 lições que aprendi

maio 08, 2018 0 Comments
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Criar os filhos no exterior é o sonho de muitas mães. Toda vez que converso com amigas ou conhecidas sempre ouço a frase: "como deve ser bom ter a oportunidade de oferecer uma vida melhor para os filhos fora do país". Sim, de fato a lista de vantagens pode ser extensa mesmo, mas acredite, nem tudo são flores.

A maternidade de um modo geral já nos deixa muito fragilizadas. Quando se mora fora do país, longe da família e da cultura que estamos acostumadas, esta fragilidade só aumenta. Ser mãe é um ato de coragem todos os dias, agora coloca uma dose a mais e pense em como é cuidar do seu filho distante de todas as suas ligações de uma vida inteira. É um desafio diário equilibrar suas referências da infância no Brasil com os costumes locais que estão sendo absorvidos pelo seu filho.

Você reaprende sobre (quase) tudo, muda muitas visões e alguns pensamentos. Até a forma de agir, de criar e cuidar do seu filho no dia a dia precisa de alguns ajustes e alterações. Com um toque aqui e ali nosso, vamos abrindo nossa mente(ou tentando) para educar um filho fora daquela "zona de conforto" que estávamos habituados. 

Eu, um pouco mais de um ano morando em Portugal, sendo mãe expatriada, venho me reconstruindo e aprendendo mais de mim e do ser "mãe". E aproveito que o mês é todo nosso (rs), venho aqui para contar algumas lições que tive nos últimos meses sobre ser mãe no exterior. Lembrando que elas são baseadas na minha experiência pessoal.

Veja também:

1. As crianças são verdadeiras "esponjinhas". MESMO!  
Sempre escutei que quem iria se adaptar primeiro morando fora do país seria o Bê. Eu, sinceramente, tinha minhas dúvidas. Ele mal sabia o que estava acontecendo e para onde estava indo, como poderia ser tão fácil assim?! Pois bem,  logo nos primeiros dias aqui essa afirmação se confirmou e tudo que parecia um grande drama dentro de mim se tornou em uma adaptação bem leve e tranquila para ele. MESMO!  É claro, que cada criança tem sua natureza e vai encarar essa nova vida de forma diferente. Maaas, de um modo geral, eles aprendem mais rápido, interagem com mais facilidade e absorvem o "novo" de forma mais natural.

2. Pediatra para crianças "maiores" é luxo. 
Sim, a consulta médica do seu filho vai ser feita pela mesma médica que fez seu papanicolau e cuidou da alergia de pele do seu marido. E tudo vai correr bem. 
Pode parecer estranho. E pode até ser quando só se ouve falar mesmo. Mas aqui em Portugal existe o médico de família, um profissional treinado para solucionar, digamos, 80% dos problemas que podem afetar a saúde física, mental e emocional das pessoas.
Pode ser consulta mensal ou de emergência. Vai ter o seu médico sempre que for preciso.
E sim, você não vai sentir aquela necessidade absurda e nem vai precisar gastar rios de dinheiro com pediatra, especialista, alergista todo mês para o seu filho. Bem, pelo menos até agora eu não senti que precisava e muitas mães que conheço dizem a mesma coisa. 
É claro que se o caso for bem específico, ele te encaminha para um especialista. E você se trata e paga por isso.
 Mas fundo, ele é o principal médico da sua família, especializado em vocês e que lhes conhecem melhor que qualquer outro. No Brasil você leva os filhos no pediatra quando criança e depois quando maior muda para um outro médico. Aqui, você pode ser acompanhado com o mesmo médico desde o momento em que nasce, até terminar o seu ciclo de vida. Sem grandes custos, o que é melhor ainda.
 Li em um lugar a seguinte frase "Se formos fazer uma analogia com os dias de hoje, em que podemos ter um personal trainer, um personal stylist, entre outros que estão em nosso cotidiano, poderíamos dizer que o médico de família seria um personal doctor!" Adorei isso! Define bem o que esse médico representa. 

3. É preciso ter o pé no chão na criação do seu filho.
"Ter os pés no chão."Acho que isso vale para tudo. Mas se tratando de criar filho faz ainda mais sentido. Não tente agarrar o mundo para dar o "melhor de tudo" para eles. Nem é preciso tanto, acredite. Vejo que os europeus lidam com a infância com mais naturalidade e menos "glamour" do que nós brasileiros. Faça questão de criar seus filhos com os pés no chão.
É possível criar filho com toda qualidade do mundo, sem precisar gastar muito, ter um milhão de brinquedos caros, roupas de marca e etc. Entenda e se acostume que a riqueza e a ostentação de ter filhos é poder levar seu filho para brincar em uma tarde no parque. 
A dica por aqui é essa: pés no chão e coração aberto. 

4. Você precisa se acostumar a ver seu filho crescendo em outra cultura. 
Amo a cultura do Brasil e vou sempre passar o máximo dos nossos costumes para o Bê mas sei que as novas experiências deles serão bem diferentes das da minha infância. É dificil mas é importante que você se esforce para está por dentro do que não conhece no novo país que escolheu viver. Aqui, além dele, eu também tenho que aprender as músicas infantis, os desenhos em alta, estudar sobre as festas populares para acompanhar ele. Não é mole. Mas apesar de nem sempre ser a ideia mais fácil, eu preciso me conectar com coisas que não vivi e mergulhar nessa nova realidade. Afinal de contas, certas ocasiões, datas e histórias podem até não significar muito para mim, mas vão traduzir o novo contexto de vida dele.

5. É um grande desafio criar seu filho sem aquela tradicional rede apoio
A mudança para outro país nos deixa fisicamente longe e tira do nosso dia a dia aqueles que mais nos ajudam e nos dão uns "minutinhos de folga". E sim, não é fácil viver sem essas "mordomias". Ao mesmo tempo em que você aprenderá a ir para todos os lugares com seus filhos junto, algumas situações serão mais complicadas sem sua rede de apoio por perto. É preciso muuuita paciência até se "encontrar" nessa nova realidade. 

6. Você não sabe o quanto você é forte até precisar ser forte.
Ah, essa frase faz todo sentido. Ainda mais agora!
A saudade não é fácil e não ter pessoas importantes por perto também não. Mas a gente vai se adaptando e aprende muito a se virar.
O seu lado Mãe ganha mais garra. Hoje, sinto que como mãe consigo ser muito melhor em diversos aspectos. Longe daquela base de apoio, você é obrigado a tomar todas as decisões e é responsável pelas consequências dela. É um círculo vicioso de coragem, acertos e erros, que te fortalecem dia a dia.

7. Passar mais tempo de qualidade com seus filhos é bem mais corriqueiro
Poder acordar e levar seu filho em um parquinho sem preocupação vai ser algo comum na sua agenda de atividades de mães. Ou quem sabe aquele bate e volta na cidade que está com um evento super animado para a família vai ser mais fácil fazer. 
É normal encontrar famílias com filhos, inclusive bebezinhos, em museus, teatros e bares. Não há lugar que não se possa aproveitar um tempo de qualidade. As oportunidades de curtir momentos com boas lembranças não vão faltar. Essa é a qualidade que se preza por aqui e é normal. 
Viver!
 Por todo lado vai ter como aproveitar melhor seu tempo com seu pequeno. Pode ser numa quadra para jogar uma bola, ou esparramado em um gramado para relaxar ou fazer um picnic para animar. Ali, pertinho e prontinho para vocês.

8. Festa de aniversário infantil só com crianças pode ser muito legal. 
Sem adultos, sem grandes gastos, preocupações e aquela ostentação que estamos acostumados.
Sei que isso é difícil para a gente entender. Eu mesmo adorava inventar de tudo nas festinhas do meu filho e tenho memórias incríveis de aniversários meus, de amigos, filhos dos amigos, com muita decoração, comidas de todos os tipos e pessoas de todas as idades lotando os salões de festa. Mas aqui, ainda é diferente (já está mudando também). Festinha aqui é só para os amiguinhos e são feitas em parques ou em casa mesmo. 
A comemoração se resume praticamente a uma tarde (ou noite) com lanches (sanduíches, frutas, gomas), o bolo para o Parabéns e muita diversão.
 São aproximadamente três horas de muitas brincadeiras e interação entre eles. 

9. Rigor e disciplina fazem parte meeesmo da educação na escola.
Eles são exigentes e fazem questão de deixar claro isso. Aceite e entenda que aquela "tia mãe" ficou no Brasil e que a educadora pode ser muito atenciosa, até fofinha, mas é um tanto rigorosa também. Eu confesso que estranhei essa "objetividade" deles e o que aparentemente nos soa como "frieza" na forma de tratar deles em muitos casos. Mas no fim você precisa compreender que faz parte da cultura deles. 
No fim, você percebe que existe sim carinho e atenção para os nossos filhos nas escolas mas que além disso eles respeitam muito o controle e o equilíbrio de tudo isso dentro da sala de aula. 
E faz sentido. Sim, aos poucos tudo vai fazendo sentido.

10. Ter paz é libertador.
Os meus primeiros meses morando aqui me mostraram o quanto eu estava "refém" de um sentimento de medo que não me deixava sair de casa em paz. Eu não percebia isso tão claramente, até chegar aqui e me sentir um "bicho do mato", com medo de tudo. Eu achava que apesar do medo conseguia viver. Mas no fundo eu não tinha mais paz interna. E como é bom recuperar essa leveza de viver, poder olhar a sua volta e reparar que está tudo calmo, desacelerado e tão seguro. 
É recompensador poder andar nas ruas onde o carro pára na faixa de pedestres para você passar, onde você atende seu telefone pelas ruas à noite, caminha sozinha sem medo, abre as janelas do carro sem preocupação, entra e sai dele sem pressa.  Claro que perigo existe em qualquer lugar e que aquela atenção (já até natural para nós) alguns receios e até medos vão ficar mas de um modo geral é como respirar de novo. É muito libertador e gratificante poder oferecer isso a seu filho.


Pois é isso. Encarar um vida nova é sempre uma aventura, sendo mãe então, é sempre bom se preparar para uns níveis a mais de superação. Mas no fim, cada desafio, perrengues, muitas lágrimas de saudade, aquelas pedras no caminho, valem a pena. 

As oportunidades na vida não vem à toa e eu sei bem disso. Sair da zona de conforto é poder olhar para trás e perceber que somos capazes de encarar o que vem pela frente. E acredite, você é mãe, com desafio ou não, você encara o que for pelo seu filho. A maior jornada da vida nós já vivemos que é ser cuidar de um ser que precisa de nós para (quase) tudo. No fim, o que vier, a gente tira de letra.

Então, vamos em frente. Vivendo e aprendendo. Sempre!

Mas e vocês,  o que podem compartilhar sobre a experiência de ser mãe fora do Brasil? Me contem!

Veja mais artigos sobre esse assunto em:





terça-feira, 1 de maio de 2018

Dia das Mães em Portugal e suas curiosidades pelo mundo

maio 01, 2018 0 Comments

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Você sabia que o Dia das Mães em Portugal é comemorado no Primeiro Domingo de Maio? Então, confere aqui o motivo dessa celebração ser nesse dia e saiba também outras curiosidades da comemoração.

Muitas vezes me questionei sobre o motivo de haver um dia da mãe, e porque em tal data especifica. Agora morando fora do país fiquei ainda mais intrigada, principalmente depois de descobrir que o "calendário de datas comemorativas" não é muito padronizado, mundialmente falando, como eu imaginava ser.

Por conta disso, hoje trago para vocês (e para mim) a resposta de algumas curiosidades sobre esse dia tão especial para nós mães e para nós filhos também.

Quer saber mais datas aqui em Portugal que também não são comemoradas no mesmo dia que no Brasil? Veja aqui: 


Como o dia das Mães nasceu?
A mais antiga comemoração do dia das mães é mitológica.
 Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
No Estados Unidos, conta a História que o Dia da Mãe foi idealizado por Anna Jarvis, uma ativista norte americana, que após a morte da sua mãe, entrou em grande depressão e suas 
 amigas, preocupadas com todo o sofrimento dela, tiveram a ideia de perpetuar a memória da mãe de Ana com uma grande festa. No entanto, Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, com um dia em sua homenagem. 
A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o então governador da Virgínia Ocidental, incorporou o Dia das Mães ao calendário do estado.
Quatro anos mais tarde da data ser celebrada na Virgínia, o presidente dos Estados Unidos naquela época unificou a celebração em todos os estados do país e, segundo sugestão da própria Ana, ficou estabelecido que o Dia das Mães deveria ser sempre comemorado no segundo domingo de maio. Depois do decreto, outros 40 países adotaram a data.

E porque em Portugal é comemorado no primeiro Domingo de Maio?
É comemorado nesta data em homenagem à Virgem Maria, seguindo a tradição da Igreja Católica que neste mês celebra o dia da mãe de Jesus.

Esta celebração sempre foi realizada nessa data?
Não. Durante muitos anos foi comemorada no dia 8 de Dezembro, que é o dia de Nossa Senhora da Conceição. Mas no segundo domingo de maio parece que nunca foi festejado mesmo.

E no Brasil, como essa data ficou oficializada?
 A primeira celebração no país ocorreu em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre. Aos poucos, a festividade foi se espalhando pelo país e, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas, a pedido das feministas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, oficializou a data no segundo domingo de maio. A iniciativa fazia parte da estratégia das feministas de valorizar a importância das mulheres na sociedade, animadas com as perspectivas que se abriram a partir da conquista do direito de votar, em fevereiro do mesmo ano. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

Dia das Mães pelo mundo!
Confira ainda a lista de dias em que se comemora o Dia das Mães em diversos países:

Segundo domingo de maio – EUA, Brasil, Austrália, África do Sul, Bélgica, Chile, Colômbia, China, Dinamarca, Alemanha, Itália, Panamá, Finlândia, Japão, Canadá, Nova Zelândia, Áustria, Peru, Suíça, Turquia, Venezuela, Hong Kong e Estônia.
Primeiro domingo de maio – Portugal, Lituânia, Hungria, Cabo Verde, Angola, Espanha e Moçambique.
Último domingo de maio – França e Suécia, podendo ser transferida para o primeiro domingo caso coincida com pentecostes.

Dias fixos no mês de maio:
No dia 10 é comemorado no México, Guatemala, Bahrein, Índia, Malásia, Qatar e Singapura. 
Dia 15 no Paraguai. 
Dia 26 na Polônia e dia 27 na Bolívia e na República Dominicana.

Em outras datas ainda tem:
Dia 08 de fevereiro na Noruega.
Dia 03 de março na Albânia, Rússia, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Butão, Moldavia
Dia 08 de março na Romênia.
Dia 21 de março no Egito, Síria, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes.
Dia 7 de abril na Grécia.
Dia 8 de junho em Luxemburgo.
Dia 12 de agosto na Tailândia 
Dia 15 de agosto na Costa Rica.
Os argentinos comemoram no terceiro domingo do mês de Outubro.
Dia 8 de dezembro no Panamá.

Independente de datas e de país, essa comemoração deve ser vista por todos como um momento a mais para reconhecer o valor de uma mãe.
 É (mais um) dia para demonstrar amor, carinho, respeito por essa pessoa que dedica sua vida a um outro ser humano, que por muito tempo depende dela para sobreviver. O mais lindo amor do Mundo.

Ser mãe... ser filho... ah não há coisa melhor.💓

Quer saber mais datas aqui em Portugal que também não são comemoradas no mesmo dia que no Brasil? Veja aqui: